14/09/2002

NIRVANA

Eu estou passando um periodozinho muito difìcil. Uns dias atràs fui vìtima de preconceito. Até parece coisa de novela, mas é verdade. Tudo bem que nao foi a primeira vez, mas parece que agora doeu mais. Fiquei muito chateado, perdi a vontade de sair, foi muito ruim mesmo; e prà piorar a situaçao no outro dia de manha recebi a notìcia que a mae de uma amiga brasileira tinha morrido. E nao tem como ela ir ao enterro.
E eu estava pensando, a gente aqui rala, se esforça, corre atràs de tudo. Eu estudo prà encardir, tenho dois empregos, quando nao tenho tres, faço tudo na lei, nao fumo e nao jogo lixo no chao, meus amigos brasileiros na grande maioria também, e no final das contas a gente nao è nada mais que “brasiliano”, que estrangeiro, que extra-comunitàrio.
Sou bonito, inteligente, esforçado, tranquilo, trabalhador, e ainda assim sou so “brasiliano”, que por mais que me esforce prà nao associar, acabo relazionando com “marciano”.


“What else should I be?
All apologies
What else should I say?
Everyone is gay
What else should I write?
I don’t have the right
What else should I be?
All apologies”

All apologies - Nirvana



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